terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A máquina de fazer espanhóis

Já leram este livro? Já leram Valter Hugo Mãe. É pra ler agora.

Trecho da página 93

"para mim era uma vergonha estar com aquelas considerações. os meus poemas, perdidos em papéis que o tempo reciclou, eram destituídos de capacidades, eram só como desejos intensos e iludidos de ser algo a que não chegavam. não havia nada a fazer. e arreliava-me que me pudessem catalogar assim, por esse lado sensível, como se pusessem mais delicado, mais fraco, amanteigar os portugueses, que imagem cretina. porra, não tenho pela poesia mais do que um respeito devido, protestava eu, não quer dizer que seja poeta ou que o tenha querido ser. fui barbeiro, e li livros, como deviam ler todas as pessoas para ultrapassarem a condição pequenina do quotidiano e das rotinas." 


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