quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Nada a temer

Julian Barnes, um puta escritor.



Talvez eu devesse avisá-lo (especialmente se você for filósofo, teólogo ou biólogo) que muito do que há neste livro irá parecer-lhe coisa de amador. Mas somos todos amadores no que se refere às nossas próprias vidas. ...Também quero avisá-lo de que haverá um bocado de escritores neste livro. Quase todos eles mortos, e uma boa quantidade de franceses. Um deles é Jules Renard, que disse: "É quando nos deparamos com a morte que nos tornamos mais afeitos aos livros." Também haverá compositores. Um deles é Stravinsky, que disse: "A música é a melhor maneira que temos de compreender o tempo." Estes artistas - estes artistas mortos - são meus companheiros de todo dia, mas também são meus antepassados. Eles são minha verdadeira linhagem (espero que meu irmão sinta o mesmo sobre Platão e Aristóteles). A descendência pode não ser direta, nem possível de provar - filho bastardo, essas coisas - mas eu a declaro assim mesmo.

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