quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Poema do Caio

Colocamos ontem na nossa página e coloco aqui. Incrível o quanto a gente lê um autor e folheando o livro pela enésima vez, descobrimos algo novo. 

Faz anos navego o incerto.
Não há roteiros nem portos.
Os mares são de enganos
e o prévio medo dos rochedos
nos prende em falsas calmarias.
As ilhas no horizonte, miragens verdes.
Eu não queria nada além de olhar estrelas
como quem nada sabe
para trocar palavras, quem sabe um toque
com o surdo camarote ao lado
mas tenho medo do navio fantasma
perdido em pontas sobre o tombadilho
dou face e forma a vultos embaçados.
A lua cheia diminui a cada dia.
Não há resposta.
Queria só um amigo
onde pudesse jogar o coração
como uma âncora.




Nenhum comentário: